Ao comprar um imóvel na planta surge a pergunta : O que é Taxa de Evolução de Obra no Minha Casa Minha Vida ? Muitos compradores se surpreendem com cobranças que não estavam no planejamento inicial.
A mais comum (e muitas vezes mal compreendida) é a chamada Taxa de Evolução de Obra.
Mas afinal, o que é essa taxa? Por que ela é cobrada? E o mais importante: ela é obrigatória? Como evitar sustos financeiros durante a obra?
Neste artigo, vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre a taxa de evolução de obra, com linguagem simples, exemplos reais e dicas para proteger seu bolso. Vamos lá?
O que é Taxa de Evolução de Obra no Minha Casa Minha Vida ?
A Taxa de Evolução de Obra é uma cobrança feita pelas instituições financeiras (como a Caixa Econômica Federal) durante o período em que o imóvel ainda está sendo construído.
Essa taxa não é um valor extra, mas sim o juros sobre o valor do financiamento que já foi liberado para a construtora. Ou seja, mesmo que você ainda não esteja morando no imóvel, o banco já está desembolsando parte do valor da obra — e isso gera encargos.
Em resumo:
- O banco libera o dinheiro da obra aos poucos, conforme a construção avança (ex: 10% ao fazer a fundação, mais 15% ao levantar a estrutura, e assim por diante).
- Enquanto o imóvel não está pronto, você ainda não paga as parcelas do financiamento.
- Durante esse período, você paga apenas a taxa de evolução de obra, que são os juros proporcionais ao valor que já foi liberado para a construtora.
Exemplo prático
Vamos supor que você comprou um apartamento na planta por R$ 240 mil, com financiamento de R$ 200 mil pela Caixa.
- A obra começou em janeiro.
- Em fevereiro, a Caixa liberou R$ 50 mil para a construtora.
- Em março, mais R$ 50 mil.
Você ainda não paga as parcelas do financiamento final, mas todo mês paga os juros sobre o que já foi liberado.
Isso é a taxa de evolução de obra.
Por que essa taxa é tão polêmica?
Porque muitas pessoas não são orientadas corretamente no momento da compra e só descobrem essa cobrança quando começam a receber os boletos da Caixa.
O valor costuma começar baixo (R$ 100 a R$ 300), mas pode aumentar bastante com o tempo, chegando a R$ 800 ou mais, dependendo do valor financiado e da velocidade da obra.
Essa surpresa pode desequilibrar o orçamento familiar, especialmente quando o comprador ainda está pagando aluguel durante a obra.
Essa taxa é obrigatória?
Sim, se o financiamento for assinado antes da entrega das chaves (durante a obra), a taxa de evolução de obra será cobrada.
É uma cláusula contratual presente nos financiamentos SBPE ou FGTS, vinculados a imóveis na planta, quando a obra ainda está em andamento e a construtora já recebeu parcelas do banco.
Se você comprar um imóvel pronto, essa taxa não se aplica. Nesse caso, você começa a pagar direto as parcelas do financiamento após a assinatura do contrato.
Como essa taxa aparece no boleto?
Ela pode vir com nomes como:
- Encargo mensal de obra
- Encargo de adiantamento
- Juros sobre valores liberados
- Juros de obra
- Parcelas durante a construção
Geralmente, ela aparece no boleto da Caixa, com vencimento todo mês, até que o contrato final seja liberado e o financiamento seja consolidado.
O que acontece se eu não pagar?
Mesmo sendo uma taxa temporária, o não pagamento da taxa de evolução de obra pode gerar atraso, juros, negativação e até impedimento para assinar o contrato final.
Ou seja, não é uma taxa opcional: é parte do contrato e deve ser paga em dia para que o processo não trave.
Como se preparar para esse custo?
Antes de assinar:
- Pergunte claramente sobre a taxa
Questione se haverá cobrança de taxa de evolução de obra e em que momento ela começa. - Peça simulações realistas
Bons corretores ou construtoras podem mostrar o valor estimado mês a mês, com base no cronograma da obra. - Inclua esse valor no seu planejamento financeiro
Mesmo que seja temporário, calcule o impacto no seu orçamento até o momento da entrega do imóvel.
Existe algum jeito de evitar essa taxa?
Sim. Veja os principais cenários:

1. Assinar o financiamento apenas após a entrega da obra
Algumas construtoras permitem que o financiamento seja assinado somente após a emissão do habite-se, o que evita a cobrança da taxa.
🟡 Mas atenção: isso pode significar que você terá que pagar uma entrada maior ou parcelar com a construtora até a entrega, o que exige disciplina.
2. Comprar imóvel pronto
Se o imóvel já está pronto ou com habite-se emitido, não há liberação gradual de recursos pela Caixa, e a taxa de evolução de obra não existe.
Nesse caso, você já entra direto no contrato de financiamento, com parcelas fixas ou decrescentes, dependendo da modalidade.
3. Negociar com a construtora o pagamento da taxa
Em alguns casos, a construtora assume essa taxa como benefício comercial. Isso deve estar formalizado em contrato.
Nunca confie apenas em promessas verbais. Peça que isso esteja registrado por escrito antes da assinatura.
O que dizem os contratos?
A cláusula da taxa de evolução de obra costuma vir com termos técnicos no contrato com a Caixa ou no compromisso de compra e venda com a construtora.
Busque por expressões como:
- “Encargos incidentes durante a fase de construção”
- “Juros sobre valores desembolsados”
- “Parcelas durante o período de obra”
Caso tenha dúvidas, peça a análise do contrato com um corretor ou advogado especializado em direito imobiliário.
Relato real (nome fictício)
“Eu comprei um apê pelo Minha Casa Minha Vida achando que só ia pagar depois da entrega. Mas dois meses depois da assinatura, começou a vir um boleto da Caixa com valores que foram subindo todo mês. No início era R$ 280, depois passou para R$ 470. Só aí entendi o que era a tal taxa de evolução de obra.”
— Fernanda R., São Leopoldo/RS

Perguntas Frequentes
1. A taxa de evolução de obra é parcelada?
Não. Ela é cobrada mensalmente, enquanto a obra estiver em andamento, de acordo com os valores liberados pela Caixa à construtora.
2. Posso pagar a taxa com FGTS?
Não. O FGTS pode ser usado para entrada ou amortização do financiamento, mas não pode ser usado para quitar a taxa de evolução de obra.
3. A taxa continua mesmo após a entrega do imóvel?
Não. Quando a obra termina e o contrato definitivo é assinado, a taxa de evolução de obra é substituída pelas parcelas normais do financiamento.
4. O valor da taxa é fixo?
Não. Ele varia de acordo com o valor já liberado pela Caixa e os juros do contrato. Quanto mais a obra avança, maior pode ser o valor mensal.
5. Existe taxa de evolução em todos os empreendimentos?
Não. Ela é comum em empreendimentos financiados durante a obra, mas pode ser evitada quando o contrato é assinado apenas após a conclusão ou se a construtora a absorver.
Conclusão: A taxa existe, mas você pode se planejar
A taxa de evolução de obra é uma cobrança legítima, mas que ainda pega muita gente de surpresa. Com informação e acompanhamento de um profissional capacitado, você evita frustrações e toma decisões mais seguras.
Antes de assinar qualquer contrato, pergunte, simule e planeje. E, se possível, compare com imóveis prontos ou opções com taxa absorvida pela construtora.
Quer saber quais imóveis em Novo Hamburgo, São Leopoldo e região têm condições de compra sem taxa de evolução de obra?
